quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Melhores práticas operacionais




























NA CABINE DE COMANDO

Operações de solo em aeródromos complexos podem se tornar um grande problema. Esteja preparado. Saiba sempre onde você está, para onde você vai e por onde. O aumento da vigilância é necessário quando a visibilidade está reduzida, dificultando a visualização das marcações e sinalizações de pista.

Familiarize-se com a sinalização de superfície e reporte ao controle, à administração aeroportuária ou em relatório de prevenção, marcas e sinalizações que estejam deficientes ou diagramas de aeródromos que não correspondam à realidade.

Mantenha o conceito de cabine estéril nas operações de táxi, decolagem e pouso. Cheque o equipamento rádio para verificar seu adequado funcionamento.

Escute antes de transmitir. Se possível, monitore a comunicação rádio e estabeleça uma imagem mental das atividades do aeroporto. Pense antes de transmitir e faça-o de forma clara e concisa, seguindo a fraseologia padrão. Nunca presuma uma informação. Tenha sempre certeza de que toda a comunicação foi bem entendida.

O claro entendimento das instruções nunca deve ser comprometido, especialmente quando a frequência estiver congestionada e as tarefas de cabine sobrecarregarem a tripulação.

Ambos os pilotos devem estar atentos às cópias de autorizações de tráfego de modo a assegurar que todas as informações sejam entendidas claramente. Muitas incursões em pista ocorrem devido à execução por parte do piloto de uma manobra que ele esperava receber do órgão de controle, mas que efetivamente não recebeu.

Coteje as instruções recebidas incluindo seu código de chamada. A similaridade entre códigos de chamada podem causar confusões. Em caso de dúvida, não hesite em solicitar esclarecimento ou confirmação. Fique atento quando houver outra aeronave com código de chamada semelhante. Cuidado para não cumprir orientações que foram dadas para a outra aeronave!

Se for autorizado a “alinhar e manter” fique atento ao movimento das aeronaves na aproximação, caso a espera ultrapasse 90 segundos questione o controle sobre a estimada de espera. Não permita que você seja esquecido neste ponto.

Quando for orientado a seguir outra aeronave, fique atento aos seus limites de autorização e tenha certeza de que está seguindo a aeronave correta.

Nunca abandone as frequências do controle de tráfego enquanto estiver se movimentando. Fique atento à fraseologia em inglês e suas peculiaridades quando operando sob regras de voo FAA ou ICAO. Ao se comunicar em outra língua ou com algum estrangeiro, fale devagar e com clareza. Conheça e siga os procedimentos corretos para o caso de falha de comunicação.

Elabore programas educacionais voltados à conscientização dos pilotos para a comunicação correta de sua posição quando em aeródromos não controlados.

Observe atentamente a área sempre que tiver que efetuar algum cruzamento de pista. Faça a verificação visual do eixo de aproximação antes de ingressar na pista. Torne sua aeronave visível pelo correto uso de suas luzes.

Quando operando em localidades desconhecidas utilize sempre o diagrama do aeródromo antes de iniciar o táxi e antes do pouso, mesmo quando em boas condições de visibilidade.

Reveja as cartas de aeródromo antes do táxi e do pouso e mantenha-as ao seu alcance durante o táxi. Caso se encontre perdido, notifique de imediato o controle. Solicite táxi progressivo se não estiver familiarizado com o aeroporto. Esteja alerta ao movimento de veículos e pedestres. Cheque constantemente o exterior da cabine, especialmente quando na pista.

Caso seja orientado a abandonar a pista logo após o pouso e isso não for possível, informe imediatamente ao controle. Não pare em uma pista em uso para requisitar instruções, saia para uma taxiway, pare e solicite as informações necessárias.

Taxie com cautela e velocidade reduzida em aeródromos congestionados e nos quais você não está familiarizado. Não efetue nenhum cheque de cabine enquanto estiver cruzando alguma taxiway ou pista. Leia atentamente os NOTAM dos aeroportos de saída, destino e alternativa.


NO CONTROLE DE TRÁFEGO

A implementação do gerenciamento dos recursos do órgão de controle de tráfego aéreo - ATM, à semelhança do CRM, é ferramenta bastante útil, que busca garantir a segurança das operações na prestação dos serviços de tráfego aéreo.

Uma comunicação efetiva entre o controle de tráfego e os pilotos é a chave para uma operação de solo segura. Escute antes de transmitir, monitore a comunicação rádio e estabeleça uma imagem mental das atividades do aeroporto.

Pense antes de transmitir e faça-o de forma clara, concisa e precisa, seguindo a fraseologia padrão. Utilize e exija a fraseologia padrão para aeronaves e veículos. Nunca presuma uma informação, tenha sempre certeza de que toda a comunicação foi bem entendida. Repita as informações tantas vezes quanto necessário para assegurar-se de que foi bem entendido.

Vigilância extra é necessária caso a visibilidade esteja reduzida. Nessa condição, a habilidade dos pilotos e controladores em manter o nível desejado de alerta situacional torna-se significativamente mais difícil. A carga de trabalho e a tendência à distração tendem a crescer.

Evite utilizar autorizações para “alinhar e manter” em condições de baixa visibilidade ou em operações noturnas. Sempre que possível elimine autorizações para decolagens de interseções.

Alerte pilotos e motoristas quanto às posições potencialmente perigosas para ocorrência de conflitos. Quando for pertinente, utilize uma pista para pousos e outra para decolagens.

Conheça e adote as estratégias existentes na ICA 63-21 - Programa para Prevenção de Ocorrências de Incursão em Pista no ATS, emitida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

LEMBRE-SE: a segurança das operações sempre deve ter prioridade sobre a conveniência operacional!

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